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Um dia desses, navegando pela internet, num site de vídeos muito famoso, assisti aos programas políticos de Tiririca, candidato a deputado federal pelo PR de São Paulo. Com um tom extremamente hilário, sátiro, fugindo a regra do convencional e na maioria das vezes sem noção, são programas em que o querido palhaço da TV pede voto e vem conseguindo convencer, por incrível que possa parecer, uma infinidade de pessoas a acreditar em sua campanha.
Mas este caráter cômico assumido pelo candidato, que nada mais é do que uma continuidade do que Tiririca realmente é em sua profissão, não vem sendo bem recebido por muitas pessoas. Muitos dizem que é uma afronta a democracia, que ele está caçoando do povo ou que ele não está levando a sério algo tão importante. Discordo totalmente, os médicos aparecem em suas campanhas vestindo seus jalecos, usando seus jargões e pedindo o seu voto, o advogado aparece com um terno e falando difícil pra tentar vencer a eleição, entre tantos outros. Qual a diferença entre o profissional humorista e os outros profissionais? Não há motivo, razão ou circunstância para Tiririca aparecer sem seus trajes habituais ou dizendo: “Olá! Eu sou Francisco Everardo Oliveira Silva e gostaria que você nobre eleitor votasse em mim!”.
Acredito seriamente que ele poderá fazer um bom trabalho como deputado federal. Advém do povo e não tem malícias na politica. Não é um viciado por poder e nem faz campanha tentando parecer que é um favor que ele nos faz se candidatando. Será um deputado que vai estar muito mais perto do povo do que os velhos oligarcas que se encontram na câmara.
Afronta a democracia? Caçoando do povo? Não levar a sério algo importante? Muito me admira ouvir isto de políticos que não são “ficha limpa”, que pedem voto para seu filho, sobrinho, primo, cunhando, genro, ou qualquer outro grau de parentesco, políticos que acham que sua família é dona de um cargo e usam o sobrenome da família pra se eleger.
Sou sincero. Não votaria no Tiririca se ele concorresse no meu colégio eleitoral. Os meus ideais e o meu compromisso com o desenvolvimento econômico e com a gestão sustentável não deixariam. Mas não o menosprezo e no fundo no fundo quero que ele ganhe. Estou extremamente disposto a ver uma renovação na câmara que perpasse o poder econômico e político de famílias que ali se instalaram.
Sérgio Alves
FRANCISCO EVERARDO QUER SER DEPUTADO.
13 de set. de 2010 | 
Marcadores:
Eleições 2010,
Nossa Opinião
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2 comentários:
Amigo Sérgio, eu não concordo, por exemplo, com os advogados e médicos que usam a sua profissão para pedirem voto, é como se eles estivessem querendo ser superiores aos outros candidatos ou até mesmo a população, pela sua posição social. São esses que aparecem com jalecos ou ternos falando de forma difícil como você mesmo disse. A política não tem que ser feita por um médico ou um advogado, e sim por um cidadão que pode até esta atrás dessas profissões, mas que de fato conheça os problemas da população e tenha competência para executar o seu cargo independente, como eu já disse, da “grande” profissão. Não é falta de democracia, uma candidatura de um Deputado como Francisco Everardo, seria se ele fosse proibido de ser candidato, ai sim! Mas como eu já disse, creio que não é necessário o uso exagerado do personagem Tiririca. Pois o personagem querendo ou não, não ira resolver os problemas sociais existentes no Brasil. Quem irá tentar resolver, e irá cumprir esse mandato, caso eleito, é o Francisco. E por uns e outros, levarem a política como comédia ou quererem ser superiores, não significa que teremos que aceitar essas mesmas condições para um comediante profissional que é o Tiririca. Vamos dar um besta a palhaçada dos congressos, das câmaras, enfim porque no final quem se torna palhaço é o povo brasileiro. O sobrenome tem poder sim, mas cabe o povo eleger o sobrenome que faça alguma coisa por eles. Não recrimino usar o nome da família, já que essa é forte politicamente na região, o que me deixa indignado é a falta de competência desses políticos, que escoram nos sobrenomes e não cumprem com sua palavra, como também existe falta de competência em outros candidatos, que nem nomes conhecidos têm, e eu recrimino do mesmo jeito. A culpa não esta no sobrenome e sim em quem os têm!
Obrigado Sérgio, ótimo texto... Lima Araújo
Otimo texto Sérgio.Tiririca eu nunca votaria.Mas é interessante ver as raposas velhas da politica achando ruim.Cabe ao povo brasileiro saber votar nas proximas eleiçoes.
abraço
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